“Até que ponto sou livre?”
pergunta o homem ao seu Criador.
“Não posso despojar-me
do meu corpo,
não posso renegar minhas origens,
não posso fugir do meu ambiente,
não posso escapar do meu tempo.”
“Tu não és livre
de tuas condições,
responde Ele,
porém, tu és livre
para te posicionares
diante de teus condicionamentos.
E isto é muito além
do que jamais concedi.”
“Quando giro em torno de mim mesmo,
percorro um caminho infinito,
que não leva a lugar algum.
Porém, ao distanciar-me de mim mesmo,
percebo o caminho
para a pessoa que gostaria de ser.”
“Há uma responsabilidade
diante de meus atos:sou responsável pelo que faço, digo, decido...
Mas há também uma responsabilidade
pela maneira como os faço:
sou responsável pelo modo
como vivo, amo e sofro...”
“O corponão pode ser construído,
mas o mal-estar físicopode ser mitigado.
A alma não pode ser consertada,
mas o distúrbio psíquico pode ser curado.
O espírito não pode ser produzido,
mas a dimensão espiritual
pode ser despertada.”
“O que é genuíno não pode ser desmoralizado,
o que não é mascarado
não pode ser desmascarado,
o que tem sentido
não pode ser questionado.”
“Um corpo estranho
penetra na concha, ferindo-a.
A areia áspera machuca sua carne.
A concha sofre.
A concha tenta expelir o intruso
e fracassa.
O grão de areia fixou-se.
A dor não pode ser eliminada.
Então o animal,
a partir do âmago da sua natureza,
busca a força
para transformar o sofrimento
em triunfo.
Do sofrimento e da aflição,
da seiva de suas lágrimas,
surge,em longos processos
de crescimento interior,
a pérola.”
Textos retirados do livro “Tudo tem seu sentido” Coleção Logoterapia Elisabeth S. Lukas
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